quinta-feira, 10 de junho de 2010

Política - Mulheres Felinas

A mulher na política é um fenômeno moderno. Angela Merkel é a Chanceler que hoje governa a Alemanha, o mais poderoso país do continente europeu. No Chile, Michele Bachelet, foi Presidente da República de 2006 a 2010. Hillary Clinton nos Estados Unidos fala como se fosse dona do poder. Na América do Sul a primeira mulher poderosa foi a argentina Eva Peron, falecida em 1952.
No Brasil já começaram a surgir as mulheres políticas como Luiza Helena, Marina Silva e Dilma Roussef, principalmente, todas na “ativa” e de todos os brasileiros conhecidas.
Trata-se de uma nova realidade que remete a Monteiro Lobato. Em “O Presidente Negro”, 1926, o renomado escritor traça o diálogo entre o personagem Airton e Miss Jane nos seguintes termos:
“Mas antes de lá chegarmos temos que fazer um rodeio político. Gosta de política, senhor Airton?
-- Nem eleitor sou, Miss Jane.
-- E de política feminina?
-- Essa desconheço. Suponho, entretanto, há de ser mais felina que a dos homens”.
De modo que nossas candidatas – Luiza Helena, Marina e Dilma são as felinas que enfrentam José Serra, que é um bicho-político de outra espécie.
A maior e mais forte das felinas é Dilma Roussef, verdadeira onça tropical, predadora e que antes de dar o bote “olha tudo o que tem que olhar”.
A novata Marina Silva, tendo sido comparada a uma “gata” por causa do seu vice, o bilionário Guilherme Leal, respondeu que se considera uma simples jaguatirica. Esse animalzinho tem o hábito de assaltar o galinheiro do pequeno agricultor.
O candidato tucano, José Serra, para não ficar devendo, saiu-se, faz poucos dias, com essa pérola: “Nós do PSDB estamos mais para pata do que para galinha”. Provou que pertence à ordem dos galináceos, na qual se inclui o tucano.
A propósito, qual candidato do PSDB ou eleitor desse partido sabe para que serve o grande bico do tucano? Recentes descobertas da ciência explicam que o bicão do tucano serve para refrescá-lo, e é por isso que está cheio de furos, e também é por isso que à noite ou quando é frio, abriga o bico debaixo das asas. Narizinho enganador!...
O tucano parece um inocente pássaro, mas é um grande predador, vive assaltando os ninhos da floresta para comer-lhes os ovos, e assim pode ser considerado tão feroz quanto a onça ou a jaguatirica.
Conhecendo os animais, ficamos conhecendo os políticos. É a lógica.
Político muito safado e especialista em jogo duplo é dado como “raposão”; político escorregadio e que vai resvalando de acordo com as circunstâncias é conhecido como “jundiá”, de tão liso; político corrupto e ladrão normalmente é conhecido por “cobra criada”; é um animal venenosíssimo.
O povo costuma ofender os políticos chamando-os de burro. É uma ofensa ao burro, pois esse animal é calmo, trabalhador e inteligente. Trabalha muito e come pouco, sem reclamar, ao contrário dos políticos que comem muito e trabalham pouco, vivem reclamando, e têm o hábito de devorar o erário em pouco tempo, através de falcatruas e superfaturamentos. Por essa razão o burro poderia ser considerado exemplo de responsabilidade fiscal. O burro não entra em frias. Quando anda em qualquer caminho, fareja de longe o perigo, de uma onça ou jaguatirica, o que não acontece com os políticos.
Além disso, o burro é inteligente: prevê chuvas, enxurradas, ventos e tempestades melhor do que qualquer instituto metereológico, coisa que os nossos políticos não alcançam. E os fatos não metem. Faz mais de cem anos que ocorrem enchentes, inundações e soterramentos nas cidades brasileiras e os políticos que as governam jamais conseguiram prever e evitar tais catástrofes. Portanto, estudemos e conheçamos nossos animais, porque somente assim entenderemos nossos políticos. Poderemos, então, tranquilamente dizer: “quanto mais conheço os homens (políticos) mais admiro os animais”.

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