segunda-feira, 21 de junho de 2010

HINOS NACIONAIS NA COPA

Todas as equipes dos participantes da Copa do Mundo, antes do início de cada partida cantam o hino nacional. O canto reflete a história e a alma do país de cada equipe, tanto na letra como na melodia, embora tal assunto não tenha sido muito bem explicado na imprensa falada e escrita.
Analisando hino por hino, poderemos constatar diferenças e semelhanças, mas todos eles têm características bem definidas que não se explicam pelas regras musicais, mas por outros elementos que vão muito além da escala de dó e si.
Os hinos das monarquias, como Inglaterra, Holanda, Dinarmarca e Suécia, por exemplo, têm em comum a característica de serem solenes, pomposos, fúnebres e religiosos. Isto porque tais hinos são cantados para celebrar o nascimento do rei, sua coroação e sua morte, atos que são praticados dentro de igrejas e catedrais.
O hino da França, todavia, foi composto para ser cantado nos campos de batalha. Tanto seu compasso marcial e vibrante como o seu texto guerreiro, destinam-se a empolgar os soldados contra o inimigo. Exatamente com esta intenção e características foi criado em 1792, por Claude Joseph Rouget de Lisle. Cantado pelo exército de Marselha, que o espalhou por toda a França, tomou o nome de Marselhesa como ainda é conhecido até hoje. É dado pela crítica como sendo o hino nacional mais bonito do mundo.
Mas, encontra sério concorrente no hino nacional do Brasil de características bem diversas.
O hino nacional brasileiro é festivo, sem ser banal, vibrante e marcial, mas sem o caráter belicoso do hino francês. É solene e majestoso e não fúnebre. Pode ser cantado em qualquer meio: na igreja, na escola, na praça e numa festa civil ou religiosa.
Muitos críticos importantes o consideram o mais bonito do mundo. Vale, então, lembrar um artigo do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, publicado no Jornal “Diário do Iguaçu”, de 20/21.02.2010, onde o autor remete à Copa do Mundo de 2002, quando o jornal britânico ‘The Guardian’, “sugeria que os ingleses acordassem mais cedo para assistir à partida entre Brasil e Inglaterra e”...”prestassem atenção ao mais bonito Hino Nacional dentre os dos países classificados para as quartas de final. O hino nacional brasileiro é um dos grandes legados do Brasil para a felicidade humana, dizia o editorial do ‘Guardian’, que classificava o hino do Brasil como o mais musical de todo o mundo, “expressando musicalmente o que Pelé e seus sucessores demonstram no campo de futebol”.
A Copa do Mundo que se desenrola hoje na África di Sul é mais uma oportunidade para que apreciemos os hinos nacionais dos países que dela participam, até porque os minutos em que são executados podem ser o momento mais emocionante e instrutivo da rodada, diante de tantos jogos medíocres que ocorrem no tapete verde.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Política - Mulheres Felinas

A mulher na política é um fenômeno moderno. Angela Merkel é a Chanceler que hoje governa a Alemanha, o mais poderoso país do continente europeu. No Chile, Michele Bachelet, foi Presidente da República de 2006 a 2010. Hillary Clinton nos Estados Unidos fala como se fosse dona do poder. Na América do Sul a primeira mulher poderosa foi a argentina Eva Peron, falecida em 1952.
No Brasil já começaram a surgir as mulheres políticas como Luiza Helena, Marina Silva e Dilma Roussef, principalmente, todas na “ativa” e de todos os brasileiros conhecidas.
Trata-se de uma nova realidade que remete a Monteiro Lobato. Em “O Presidente Negro”, 1926, o renomado escritor traça o diálogo entre o personagem Airton e Miss Jane nos seguintes termos:
“Mas antes de lá chegarmos temos que fazer um rodeio político. Gosta de política, senhor Airton?
-- Nem eleitor sou, Miss Jane.
-- E de política feminina?
-- Essa desconheço. Suponho, entretanto, há de ser mais felina que a dos homens”.
De modo que nossas candidatas – Luiza Helena, Marina e Dilma são as felinas que enfrentam José Serra, que é um bicho-político de outra espécie.
A maior e mais forte das felinas é Dilma Roussef, verdadeira onça tropical, predadora e que antes de dar o bote “olha tudo o que tem que olhar”.
A novata Marina Silva, tendo sido comparada a uma “gata” por causa do seu vice, o bilionário Guilherme Leal, respondeu que se considera uma simples jaguatirica. Esse animalzinho tem o hábito de assaltar o galinheiro do pequeno agricultor.
O candidato tucano, José Serra, para não ficar devendo, saiu-se, faz poucos dias, com essa pérola: “Nós do PSDB estamos mais para pata do que para galinha”. Provou que pertence à ordem dos galináceos, na qual se inclui o tucano.
A propósito, qual candidato do PSDB ou eleitor desse partido sabe para que serve o grande bico do tucano? Recentes descobertas da ciência explicam que o bicão do tucano serve para refrescá-lo, e é por isso que está cheio de furos, e também é por isso que à noite ou quando é frio, abriga o bico debaixo das asas. Narizinho enganador!...
O tucano parece um inocente pássaro, mas é um grande predador, vive assaltando os ninhos da floresta para comer-lhes os ovos, e assim pode ser considerado tão feroz quanto a onça ou a jaguatirica.
Conhecendo os animais, ficamos conhecendo os políticos. É a lógica.
Político muito safado e especialista em jogo duplo é dado como “raposão”; político escorregadio e que vai resvalando de acordo com as circunstâncias é conhecido como “jundiá”, de tão liso; político corrupto e ladrão normalmente é conhecido por “cobra criada”; é um animal venenosíssimo.
O povo costuma ofender os políticos chamando-os de burro. É uma ofensa ao burro, pois esse animal é calmo, trabalhador e inteligente. Trabalha muito e come pouco, sem reclamar, ao contrário dos políticos que comem muito e trabalham pouco, vivem reclamando, e têm o hábito de devorar o erário em pouco tempo, através de falcatruas e superfaturamentos. Por essa razão o burro poderia ser considerado exemplo de responsabilidade fiscal. O burro não entra em frias. Quando anda em qualquer caminho, fareja de longe o perigo, de uma onça ou jaguatirica, o que não acontece com os políticos.
Além disso, o burro é inteligente: prevê chuvas, enxurradas, ventos e tempestades melhor do que qualquer instituto metereológico, coisa que os nossos políticos não alcançam. E os fatos não metem. Faz mais de cem anos que ocorrem enchentes, inundações e soterramentos nas cidades brasileiras e os políticos que as governam jamais conseguiram prever e evitar tais catástrofes. Portanto, estudemos e conheçamos nossos animais, porque somente assim entenderemos nossos políticos. Poderemos, então, tranquilamente dizer: “quanto mais conheço os homens (políticos) mais admiro os animais”.